1.
Escrevo
porque sofro,
Todos os
sopros – a
Partir
de lá, aqui,
Onde desabo
– corpo
2.
Se
houvesse o absoluta-
Mente
absoluto, tudo
Estaria
seguro numa
Única
mão – sem dedos
3.
Falar em
meio, falar
No meio
das coisas,
Sem
palavras, com as
Coisas,
o inaudível
4.
O que
estranha-me é
Que não
haja entranha,
Que a
superfície seja
A face toda
no rosto
5.
Quando
tiver tempo,
Chegarei
a tempo de
Encontrar
o que não
Me
agrada, quando
NOTA: Estes poemas, até então inéditos, foram escritos em julho de 2010, no trajeto São João del Rei/Belo Horizonte. São esboços de algo ainda por vir, traços para um desenho que ainda desconheço - e talvez seja isso mesmo a poesia. Encontram-se publicados atualmente também no blog Cantar a pele de lontra, do poeta paulista Cláudio Daniel. Anelito de Oliveira
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