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sábado, 23 de maio de 2009

LITERATURA | Anotação um

ANELITO DE OLIVEIRA - Onde estive estes dias?
Eu mesmo me pergunto, pensando que alguém possa ter perguntado, possa estar se perguntando. Certamente, ninguém tem sentido, ninguém sentiu, minha falta. Exceto, talvez, os que aqui já se colocam como seguidores, motivo de um orgulho sincero. Destes, tive o prazer de conhecer pessoalmente apenas o poeta Lau Siqueira lá em João Pessoa recentemente, através de um amigo super querido de longa data, o poeta e crítico extraordinário de mpb Amador Ribeiro Neto.
Lau foi o primeiro a "seguir" este blog, levando-me à questão sempre inquietante do receptor: há alguém do outro lado da linha. Na sequência, apareceram outros seguidores, todos autores de blogs surpreendentes, com muita afinidade com o que este pretende ser. Da minha parte, a responsabilidade, à medida que há seguidores, vem só aumentando. O que cabe aqui neste blog, o que devo dizer, como devo dizer?
O ideal - que eu gostaria de não perder de vista - é escrever diariamente, fazer deste espaço um diário. O problema é ter uma vida que permita uma relação estável com a escrita sem utilidade, até inútil, como tanto já se disse. Escrever diariamente exige um tipo de vida que poucos têm hoje em dia, marcada pela constância. José Saramago parece ter uma vida assim. Seu "Caderno", blog da sua Fundação, é constante, abordando, de maneira leve, temas os mais variados.
Talvez só mesmo alguns prêmios, especialmente o Nobel, alguns sucessos de venda, possam garantir uma relação estável com a escrita sem finalidade capitalista. Para quem escreve entre tempestades de vária ordem, que é o meu caso, a inconstância é a regra. Às vezes, um jorro de palavras. Às vezes, uma seca absoluta.
Estive encerrado em mim mesmo.

2 comentários:

  1. Olá Anelito!

    Eu tenho lido há algum tempo os seus escritos no blog, já estava devendo a mim mesma o posto de "seguidora", coisa que oficializo neste momento, o que para mim é uma grande honra. Seguidora, não apenas no que encerra a palavra, mas, sobretudo, como aquela que deseja apre(e)nder as palavras do Mestre. Tenho certeza que é e será sempre uma caminhada rumo à aprendizagem.
    Abraços!

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  2. elaine, que surpresa!
    sempre tenho a sensação de escrever para ninguém, de que estou falando comigo mesmo. alias, sempre tive essa sensação, e agora, de uns tempos para cá, tenho tido mais ainda.
    é uma honra ter uma leitora atenta como você. se possível, dê um toque em outras pessoas para "seguir" também.
    abraço.
    anelito
    ps: e são joão del rei? deu tudo certo?

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